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10 de abril de 2011

O limite das boas ações

Sou parte da geração que muito escutou Sunday Bloody Sunday... Esta música traduzia nosso protesto contra todo tipo de repressão e assim foi e ainda é... Escolho as músicas que escuto de acordo com o que elas tem a me dizer e quando o U2 mudou seu visual e tom fiquei contrariada, diria até que me senti traída, pois o bom e velho rock foi trocado por uma perspectiva pura e meramente comercial... 
Não dá mais pra dizer que U2 faz rock!!! 
U2 faz algo que vende e vende muito... 
Não posso dizer que não gosto, mas gosto mais do antigo e como toda banda que visa garantir o novo e o velho mercado, muitas músicas velhas são tocadas, porque, com certeza, são elas que continuam garantindo o espaço... 
Bono, o bom menino do planeta, esteve com a nossa presidente e lamentou o massacre do Realengo. Uma homenagem as vítimas foi feita no 1º show de aqui em São Paulo... mas e daí??? (estava demorando...)
Segundo o Jornal do Brasil, a turnê 360º bateu um recorde após a 1ª apresentação em São Paulo. A arrecadação atingiu cerca de R$786,8 milhões... Lucrativa, não???
Gostaria muito de saber qual será o destino da verba??? Terá ela, em parte,  um destino humanitário??? 
Este meu questionamento veio após ler o Blog do Provocador... (http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/2011/04/08/u2-e-o-rock-do-bem-para-reciclagem/)
Queria muito ir, mas não pude desenbolsar a grana para comprar o ingresso, que cá pra nós estava caro, muito caro... E mesmo que gastasse por conta, as vendas foram relâmpago... 
Pergunto de novo: Com tanta apologia ao bem, com tanta propaganda humanista, por que cobrar tão caro num pais que mal caminha no seu desenvolvimento e que os acolhe com tanto apreço???
Alguém tem que ter um Beautiful Day, all right???
Enquanto nos deixarmos conduzir pela idolatria pagaremos pelos abusos do consumismo, mas isso é fácil de camuflar, basta se declarar solidário a causa... Qual? A que estiver na primeira página do jornal, óbvio!!!

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