Estava navegando em um Site de notícias, quando deparei com "Escola proíbe alunos de levar lápis"... Chocada, fui verificar. O link era propaganda de uma revista e continha apenas um parágrafo da matéria, mas o assunto me intrigou: - Que mundo é este que estamos construindo?
Penso que o problema não é a proibição, mas sim o que se pretende camuflar com ela, porque "o lápis" é somente mais um instrumento da negligência com que é tratada a Educação.
Faz tempo que estamos neste "jogo de empurra"...
A Família empurra a educação dos filhos para a Escola, a Escola empurra sua responsabilidade para o Estado, o Estado se apoia na dificuldade de fazer cumprir as Leis e assim caminhamos até chegar no lápis...
Que seja proibido o uso "livre" dos lápis e amanhã, talvez, teremos que amputar braços e pernas para conter a violência!
"Educação se aprende em casa". Eu acredito nisso, pois foi a minha educação... Minha mãe dizia em alto e bom tom: - "Não me faça ter que ir na escola por falta de educação"!
Era um simples aviso que me mantinha longe de problemas, dentro e fora de casa e da escola! Repressão? Não... Limite!
Um lugar real que determina nossos direitos e deveres... Lugar comum que ensina o relacionar para sobreviver, onde a liberdade está na escolha de dar o melhor de si para ser o melhor que se pode ser...
"Ser o melhor que se pode ser" não tem dado "ibope" no mundo do "ter o melhor que se pode ter"...
Dinheiro, fama, poder... E cada vez mais estamos distantes do direito ao respeito, a dignidade, a humanidade...
Tamanha é a falta de limites que vivemos em busca de limites. Teorias e teóricos encontra-se aos montes e nenhum deles fará os devidos "milagres" sem uma certa dose de "penitência"... É preciso um trabalho interno constante de revisão de valores, porque educar exige responsabilidade, dedicação, compromisso, determinação...
Tudo que as "Nannys" ensinam em seus reality shows.
A senhora minha mãe não tinha títulos em Educação, mas sabia exatamente qual era o seu papel e deixava clara a sua função.
Sempre ensinou que o bem e o mal é uma escolha, porém o uso desta capacidade fiz somente agora que sou a responsável exclusiva por minha vida... Não que não soubesse escolher quando criança... Sabia, mas de forma desorientada, equivocada e ela sempre estava lá, pronta para colocar ordem e orientar o rumo da caminhada...
Hoje caminho com meus próprios pés e tenho nos meus passos ensinamentos preciosos que valem mais do que qualquer gosto ou mimo que me tenha faltado.
Todo SIM é apenas uma possibilidade, mas é o NÃO que realmente nos orienta na busca de realizações.
Não adianta simplesmente tirar o lápis... É preciso deixar clara a sua função...